quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cala-te boca...

Devia ter guardado só para mim o que iria mudar a minha vida. Por esta altura já teria talvez vida própria, ou talvez não... Talvez estivesse mais feliz, talvez estivesse mais realizada, talvez fosse menos amada, talvez menos livre... Talvez... Tudo não passam de incertezas que atormentam os meus dias e alimentam as minhas iras por não saber o que poderia ter sido... Apenas porque falei. Porque te confiei uma parte da minha vida que seria agora e contigo... 
Ver-te como a mão que me amparava e me ajudava, mesmo depois de já me ter largado e abandonado, ingenuamente te confiei e repito, te confiei o meu papel escondido na gaveta que tanta esperança me trazia aos meus dias...Um sonho... O teu sonho que era meu que era nosso...
Como posso explicar-te por palavras a dor que sinto no meu peito?... A desilusão e desconfiança no futuro que não se prevê nem bom nem mau e em qualquer ser mesmo que seja Deus?... Mas nem esse Deus significava tanto para mim como tu... Como te explicar que desde então deixei de sonhar? Que uma parte de mim desapareceu contigo... Sim porque tu desapareceste. Tu que eras apenas e só o ser mais importante da minha vida. 
Levaste contigo tudo o que vivi, tudo em que sempre acreditei. Levaste uma parte de mim que não se consegue reencontrar nem reconstruir. 
Não fazes idéia do que sinto pois não? E se soubesses, quererias saber? E se quisesses o que farias? 
Custa muito ter deixado de ser importante para ti... Apenas porque tu, apesar de tudo és uma parte de mim da qual eu sinto falta e preciso dela... para viver...

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